DIANTE DA CRUZ
Fase doce da tenra idade e já sentia-me terrivelmente condoída olhando para cruz, dada as informações recebidas nos primeiros passos da vida cristã. Dentro do coração ainda jovem havia uma sensação de revolta inocente, pela maldade feita à Jesus. Digo inocente pela falta de conhecimento mais profundo, que só veio acontecer depois de alguns anos em minha vida. Não era ainda capaz de entender porque meu pai havia pendurado Jesus na cruz atrás das duas portas de nossa casa e cada vez que meus olhos fitavam a imagem, encolhia os pequenos ombros e ficava triste. Jamais poderia pressupor a mudança que, mais tarde, viria a modificar totalmente meu modo infantil de pensar a respeito. Ainda olho a cruz consternada, mas agora compreendo a razão pela qual meu Jesus foi crucificado nela. Um sensação de alívio por não estar presente no lugar e hora em que se deu a crucificação, mas ao mesmo tempo tristeza, pois agora sei que fui eu a causa desta dor. E neste misto de tristeza e conforto, sob intenso aquebrantamento, reconheço o inconfundível amor de meu Jesus. Eternamente grata porque ao morrer por mim, me colocou salva ao Seu lado. Muito me alegra levar o Nome de Cristo ao seu coração e assim quero permanecer por muito mais, se esta for a vontade do Pai. Quero como Paulo, levar os gentios a conhecerem Cristo Jesus e DIANTE DA CRUZ afirmar:
"Para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho"!
Eu quero viver!
Eu quero viver!
Regina Vicentini
27/11/2014